Botafogo domina, tira o São Paulo da ponta e instala a crise no Morumbi
Elkeson e Herrera marcam os gols do time alvinegro, que tem boa atuação e sobe para a terceira colocação do Campeonato Brasileiro
A análise de que o São Paulo tem um elenco forte o suficiente para o Campeonato Brasileiro, compartilhada pelo presidente do Juvenal Juvêncio e seus comandados, sofreu um baque em quatro dias. Depois de ser goleado pelo Corinthians por 5 a 0, no Pacaembu, e novamente com muitos desfalques, o Tricolor voltou a jogar mal e perdeu a liderança da competição. O Botafogo, organizado e com suas principais peças inspiradas, dominou os 90 minutos do duelo realizado nesta quarta, no Morumbi, e de maneira justa fez 2 a 0. Os gols foram de Elkeson, em nova falha de Rogério Ceni, e Herrera, em cobrança de pênalti.
Com a vitória, a segunda consecutiva no Brasileirão, o time comandado por Caio Júnior segue sua escalada na tabela. A equipe de Caio Júnior dormirá esta quarta-feira na terceira posição na tabela de classificação, com 14 pontos, um a menos que o time do Morumbi, que estacionou nos 15 e viu o Corinthians assumir a ponta.
Porém, mais do que o insucesso em campo, o novo tropeço voltou a botar pressão em cima do técnico Paulo César Carpegiani, que foi criticado do início ao fim pela pequena torcida presente ao Cícero Pompeu de Toledo. E vale lembrar que, a partir da próxima rodada, o treinador ainda perderá mais quatro peças (Casemiro, Bruno Uvini, Henrique e Willian José), que irão para a Seleção Brasileira sub-20.
As duas equipes voltarão a campo no próximo meio de semana. Na quarta-feira, o São Paulo vai até o Engenhão para enfrentar o Flamengo. Já o Botafogo, no mesmo local, receberá a visita do Atlético-GO no dia seguinte.
Carpegiani é vaiado antes mesmo de a bola rolar
A goleada sofrida para o Corinthians no último domingo deixou sequelas no São Paulo. Poucos jogadores foram aplaudidos na entrada em campo. Mas ninguém foi tão vaiado quanto o técnico Paulo César Carpegiani. O primeiro tempo no frio Morumbi mostrou duas equipes completamente distintas. De um lado, um São Paulo sem organização, com improvisações e sem inspiração diante de um Botafogo que dominou o meio-campo, teve muito espaço para jogar e que saiu de campo nos primeiros 45 minutos em vantagem.
Sem Wellington, Carpegiani resolveu tirar Jean da lateral para colocá-lo no meio-campo, como volante, ao lado de Rodrigo Souto. Casemiro e Marlos, mais à frente, tinham liberdade para encostar no ataque, formado pelo grandalhão Willian José e Fernandinho, que tentou abrir o jogo pela esquerda com o apoio de Juan. Do lado carioca, Caio Júnior postou três homens no meio-campo (Maicossuel pela direita, Elkesson pelo meio e Everton perla esquerda) e apenas um homem (Herrera) funcionando como referência à frente. Com isso, sempre havia uma peça alvinegra sozinha em campo.
O domínio botafoguense ficou claro desde o início. No primeiro lance de perigo, Rogério Ceni evitou gol de Herrera. O principal problema do São Paulo foi o lado direito de sua defesa. Ilsinho, que nunca atuou como lateral com Carpegiani, mostrou sérias deficiências na marcação. Ele pouco apoiou o ataque e ainda deixou muitos espaços nas suas costas. Pela esquerda, o problema foi praticamente o mesmo, já que Juan, apesar de ter apoiado, sofria com os avanços de Maicosuel pelo seu setor. Aos 18, Ceni evitou gol de cabeça de Herrera.
À medida que o tempo passava, a torcida são-paulina começou a pressionar o time, que não reagia dentro de campo. Marlos e Casemiro até tentavam tabelas pelo meio, mas a marcação botafoguense não dava moleza. Do outro lado, os cariocas, com paciência e domínio das ações, valorizavam ao máximo a posse de bola. Até que aos 37 o Botafogo transformou sua supremacia em vantagem no marcador. Elkeson recebeu pelo meio e arriscou chute de fora da área de pé esquerdo. Rogério Ceni caiu atrasado e falhou, assim como havia ocorrido no clássico de domingo, contra o Corinthians. Bola no canto esquerdo baixo: 1 a 0. A melhor chance do São Paulo surgiu aos 43, quando Renan falhou em saída de bola, e Casemiro quase empatou no marcador.
Herrera faz 2 a 0 no início do segundo tempo
Apesar do fraco futebol, Carpegiani não mexeu no time. O Botafogo seguiu dominando e precisou de apenas sete minutos para aumentar sua vantagem. Em ataque pelo meio, Maicosuel recebeu na área e foi derrubado por Luiz Eduardo. Pênalti que Herrera cobrou com firmeza, no canto direito de Rogério Ceni: 2 a 0 no placar.
O treinador são-paulino, então, resolveu agir. Xingado pela torcida, ele chamou Rivaldo e Henrique e colocou as duas peças nas vagas de Ilsinho e Fernandinho. Jean, então, voltou a ser lateral, e Casemiro foi recuado para a marcação. O camisa 10 se juntou a Marlos na armação, e o time passou a ter dois atacantes na frente. Finalmente, aos 17, o Tricolor deu sua primeira finalização certa na partida, com Jean, que exigiu boa defesa de Renan. A partida até mudou um pouco de figura. O São Paulo passou a ter posse de bola, enquanto o Botafogo, satisfeito com o placar, recuou a marcação para tentar encaixar um contra-ataque. Para dar novo gás ao seu time, Caio Júnior trocou Maicosuel por Caio. Depois, pôs o meia Cidinho na vaga de Everton. Aos 39, Caio, em contra-ataque, quase fez o terceiro.
O treinador são-paulino, então, resolveu agir. Xingado pela torcida, ele chamou Rivaldo e Henrique e colocou as duas peças nas vagas de Ilsinho e Fernandinho. Jean, então, voltou a ser lateral, e Casemiro foi recuado para a marcação. O camisa 10 se juntou a Marlos na armação, e o time passou a ter dois atacantes na frente. Finalmente, aos 17, o Tricolor deu sua primeira finalização certa na partida, com Jean, que exigiu boa defesa de Renan. A partida até mudou um pouco de figura. O São Paulo passou a ter posse de bola, enquanto o Botafogo, satisfeito com o placar, recuou a marcação para tentar encaixar um contra-ataque. Para dar novo gás ao seu time, Caio Júnior trocou Maicosuel por Caio. Depois, pôs o meia Cidinho na vaga de Everton. Aos 39, Caio, em contra-ataque, quase fez o terceiro.
Foi a deixa para a torcida do São Paulo perder a paciência. A cada toque de bola dos cariocas, a galera tricolor gritava "olé". E os botafoguenses, por sua vez, passaram a tirar sarro de Paulo César Carpegiani.
- Desempregado, desempregado - gritaram os cariocas.
Depois, foi só esperar o tempo passar. Assim que Elmo Resende Alves da Cunha apitou o final da partida, enquanto os cariocas se abraçaram para festejar, a torcida são-paulina não perdoou a nova derrota e direcionou toda a sua ira para o homem do banco de reservas.
- Burro, burro, burro.
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